Tá salgado!

Preço da gasolina aumenta pela 5ª semana seguida; motoristas reagem

Produto foi encontrado a R$ 7,89 em um posto no bairro Fonseca

Preço elevado virou alvo de reclamação entre motoristas
Preço elevado virou alvo de reclamação entre motoristas |  Foto: Marcelo Eugênio
 

Motoristas que abastecem em postos de combustíveis da Zona Norte de Niterói continuam sentindo no bolso a alta da gasolina. A tendência de encarecimento do produto chegou a quinta semana consecutiva, segundo levantamento da Agência Nacional do Petróleo, a ANP, divulgado na sexta (13).

Na Alameda São Boaventura, no bairro Fonseca, um posto bandeirado ofertava a R$ 7,89 o litro da gasolina comum neste sábado (14). Foi o valor mais caro encontrado pela reportagem que perambulou em variados postos ao longo da via.

Pelo país, segundo a ANP, a gasolina teve um preço médio de R$ 7,29, nesta última semana. Já o óleo diesel custou em média R$ 6,84 o litro, seguindo na mesma direção.

Mas há postos no Estado do Rio que chegam a cobrar até R$ 8 pelo litro do combustível, conforme relatou o enfermeiro Leonardo Andrade, de 37 anos, que por vezes abastece em Copacabana, na Zona Sul do Rio.

"Em Copacabana você paga bem mais caro, algo em torno de R$ 8 e pouquinho. Está tudo muito caro", pontuou. 

O enfermeiro Leonardo Andrade, de 37 anos, já teve que pagar R$ 8 para abastecer em Copacabana
O enfermeiro Leonardo Andrade, de 37 anos, já teve que pagar R$ 8 para abastecer em Copacabana |  Foto: Marcelo Eugênio
 

No início da tarde deste sábado, Leonardo - que é morador de São Gonçalo - foi abastecer em um posto com bandeira branca na Alameda São Boaventura, onde o valor da gasolina comum chegou a R$ 7,49. Funcionários da loja contaram que o preço foi mantido nas últimas 24 horas. 

Em outras regiões, a gasolina comum foi achada a R$ 7,62 e até a 7,79. O pedreiro Evandro Augusto, de 40 anos, desembolsou R$ 50 para completar o tanque do carro. Ele diz que tem enfrentado dificuldades para encontrar postos que disponibilizem preços mais em conta.

"Estão metendo a mão no nosso bolso. O meu carro é flex e pede gasolina. Hoje vim encher o tanque com R$ 50 e é isso aí. Está difícil", contou.

Petrobras

Encher o tanque do veículo tem sido empecilho para motoristas
Encher o tanque do veículo tem sido empecilho para motoristas |  Foto: Marcelo Eugênio
 

O presidente Jair Bolsonaro voltou a falar sobre o preço dos combustíveis nesta sexta-feira (13), durante sua participação na abertura da 56ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, em Campos do Jordão (SP).

Ele disse esperar que, com a troca no comando do Ministério de Minas e Energia, seja possível fazer com que a estatal, que domina o mercado de petróleo no país, cumpra sua função social.

"Eu espero, nos próximos dias, com as mudanças que fiz no Ministério de Minas e Energia, que nós consigamos mexer com a Petrobras, fazer com que ela cumpra um dispositivo constitucional, que fala do fim social da empresa", afirmou o presidente.

STF

No início de sua fala, Bolsonaro celebrou decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) André Mendonça, que suspendeu parte da resolução do Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) que trata da cobrança do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) sobre o diesel. O ICMS é um tributo estadual. 

Mendonça atendeu ao pedido feito pelo presidente, que, por meio da Advocacia-Geral da União (AGU), diz que a medida é inconstitucional por permitir a diferenciação de alíquotas do diesel entre os estados, prejudicando o consumidor com aumentos excessivos do combustível.  

"Não vai existir mais, espero que o pleno ratifique isso, cada estado ter um percentual", disse Bolsonaro.

Em março, uma lei aprovada pelo Congresso Nacional e sancionada por Bolsonaro estabeleceu que deveria haver uma alíquota única do ICMS sobre o diesel.

Depois disso, o Confaz se reuniu e fixou um valor único do ICMS sobre o diesel, de R$ 1,006 por litro, mas com permissão para descontos. O valor, na prática, ficou superior ao que vinha sendo cobrado nas bombas antes da nova lei, o que contrariou a pretensão do governo federal. 

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